10 de março de 2011

Minha Vida em Cor-de-Rosa

A discussão sobre gênero é bastante complexa. Transcende a discussão sobre a mulher, tema bastante popular e por muitos considerado como o único tema relacionado á questão de gênero. Mas não é bem assim, como disse essa é uma discussão bastante complexa e que exige cuidado e atenção por parte daqueles que estudam, analisam ou se envolvem com as questões de gênero. O filme Minha Vida em Cor-de-Rosa é uma excelente demonstração de como tratar um aspecto do tema com delicadeza e beleza. A história de Ludovic poderia ser a história de vários de nós, que sofrem ou já sofreram questionamentos sobre sua própria natureza. Masculino ou Feminino?Mulher ou Homen? O que sou eu? Ludovic não se importa. Ele quer se manifestar como mulher, quer viver a vida de uma menina, uma princesa. Mas se depara com a repressão, típica e óbvia da sociedade. Sua família até se esforça para manter a naturalidade das coisas, mas acaba sendo vencida pela exclusão e por questões financeiras...Não vou contar muitos detalhes do filme, para não estragar a surpresa daqueles que ainda não viram o filme. Esse filme é recomendadíssimo. Assistam aqui.

21 de fevereiro de 2011

Kings of Leon - Come Around Sundown (2010)

O Kings of Leon dispensa maiores apresentações. Formada em 2000 pelos irmãos Caleb e Jared Followill o grupo já produziu 5 discos. O primeiro deles Youth and Young Manhood lançado em 2003 alcançou um grande sucesso na Inglaterra. O álbum foi eleito pela imprensa inglesa entre os 10 melhores discos de estréia dos últimos 10 anos. Canções como Red Morning Light, Happy Alone, California Waiting e Molly's Chambers são os destaques do álbum. A partir daí o grupo só foi crescendo e ganhando destaque na cena internacional da boa música. A sonoridade dos caras transita entre a música alternativa, garage, country, folk, sendo que o quinto disco definitivamente tem uma grande influência grunge chegando a soar muitas vezes como o Pearl Jam. Talvez esse disco não traga grandes novidades para aqueles que já acompanham a carreira do KOL. Definitivamente não supera o grande disco Because of Times, mas sem dúvida demonstra como uma boa banda se adaptou á música comercial, de fácil sonoridade.

O primeiro single do último disco do Kings of Leon é "pyro". O clipe acontece em um bar bastante decadente com a banda tocando (imagina se todos os bares decadentes  tivessem o Kings of Leon tocando). O mocinho chega e se meta em uma tremenda briga. Vale a pena assistir.



14 de fevereiro de 2011

Interpol

O Interpol começou oficialmente em 1998, em NY. O primeiro disco dos caras  Turn On The Bright Lights (Matador, 2002) é sem sombra de dúvida uma obra prima do rock independente. Canções como NYC e PDA deixaram suas marcas profundas em todos os amantes de letras sombrias e reflexivas. Com esse albúm o Interpol criou uma sonoridade peculiar, que os faz reconhecíveis em qualquer lugar. Porém, muitos afirmam que a única coisa boa que a banda fez foram os dois primeiros albúms ( o segundo é o Antics (Matador, 2004) que também manteve a sonoridade underground do Turn On). 

Em 2010 o Interpol voltou com o albúm intitulado Interpol. Pouco criativo, mas muito representativo!É um sinal que a banda está "voltando as origens", buscando aquele som que um dia consagrou a banda. Se você é um grande fã dos primeiros discos, pode se decepcionar. Mas eu ainda acredito que eles fazem um som excelente, muito melhor que muitas coisas que eu tenho escutado por ai.




Interpol - Interpol (2010)



12 de fevereiro de 2011

127 Horas e uma polêmica

A história de Aron Ralston é incrível. A força que esse rapaz teve para sair de uma situação extrema é admirável. Agora não sei se o filme é tão bom assim. Baseado no livro do próprio Ralston, Danny Boyle tenta transmitir o que se passou com Ralston durante as 127 horas em que teve seu antebraço esmagado por uma pedra. Com uma edição que tenta ser inovadora mas acaba sendo bastante clichê, 127 horas não convence . Parece que a única finalidade é mostrar a cena que todos sabem que vai acontece e que realmente é chocante. Tanto que na Austrália médicos recomendaram que pessoas que sofrem de problemas cardíacos e epilepsia não assistissem o filme! Claro que não podemos ignorar a qualidade das imagens e o roteiro enxuto. O filme mesmo se passando quase que inteirmente em um único lugar, com o único ator não é cansativo. A maneira como Boyle mesclou as lembranças de Aron com a sua situação presente foi bem interessante.
Somado a tudo isso está a excelente trilha sonora. Assinada por A.R. Rahman, o mesmo cara de Bollywood que fez a trilha de Slumdog Millionaire, conta com excelentes composições do próprio Rahman e de artistas como Free Blood e Sigur Rós. Recomendo o filme e principalmente a trilha! Aqui você pode conferir o filme na integra.

2011 e o futuro!




Caros leitores e visitantes,
(sei que mais que leitores são "downloaders" mas enfim...) Mais uma vez desapareci e deixe o blog esquecido em um canto do meu computador. É díficil manter o hábito de escrever e subir coisas na web, simplesmente por uma questão de tempo. Mas aí vou entre chegadas e partidas, porque é algo que eu gosto de fazer e considero uma boa ferramenta de expressão!Bom, nesse retorno quero anunciar que mudarei um pouco o enfoque da página. O que antes era principalmente musical agora vai ser cultural, o que de certa forma sempre foi a minha idéia!Eu contribuo com outro espaço, esse exclusivamente dedicado ao cinema, que traz para todos uma variedade enorme de filmes. Pretendo compartilhar aqui alguns dos filmes do Laranja, mas com minhas reflexões e críticas. Também seguirei com a música e com vários outros assuntos que aparecerem, e dessa forma  alimentarei meus fragmentos imaginários. Nos vemos!

12 de outubro de 2010

As Robertas

Las Robertas é um grupo da Costa Rica. Isso mesmo, lá na América Central também existe produção musical diferente de Salsa e Merengue. O som dessas "ticas" tem uma guitarra bem suja, sendo considerado um garage rock experimental e até mesmo um punk/lo-fi. Pra quem curte o gênero vale a pena escutar essas meninas, e para quem curte conhecer novas produções, diferentes expressões desse mundo aí está a dica. Esse é o primeiro disco delas Cry Out Loud.



Las Robertas - Cry Out Loud

23 de setembro de 2010

Now that I´m Older...


Incansável de produzir pérolas indies o Canadá tem desbancado os Estados Unidos na "inovação" do indie rock. O Arcade Fire é mais um exemplo dessa vanguarda musical proveniente do Canadá. Vindos de Montreal a banda lançou em Agosto deste ano o seu terceiro disco The Suburbs. Muito criticado pelos grandes fãs do grupo o albúm realmente é mais pop que o trabalho anterior Neon Bible. Aquela pegada épica do Arcade, com uso de instrumentos diversos como violino, xilófonos, sanfona e o violonchelo está mais tímida nesse disco.
Porém, se você curte acompanhar a evolução musical dos grupos certamente terá muito que observar nos trabalhos do Arcade Fire e The Suburbs é um exemplo de como o grande David Bowie influenciou essa galera (principalmente seus primeiros trabalhos como The Man Who Sold The World e Hunky Dory)

Arcade Fire - The Suburbs

10 de setembro de 2010

Outro Grupo de Alberta

Assim como Tegan and Sara o grupo de indie rock Faunts vem de Alberta, Canadá. Para mim é impressionante a qualidade dos grupos que vem de lá!A história do Faunts começa no ano 2000 quando os dois irmãos Steve Batke e Tim Batke resolvem unir seus talentos musicais.O resultado dessa união familiar é o excelente albúm High Expectations/Low Results, lançado em 2005 pela Friendly Fire Recordings. A influência do Sigur Rós é bastante forte, principalmente na canção que abre o disco: High Expectations. Vale muito a pena conhecer essa obra prima do indie rock canadense e acompanhar a evolução musical do grupo que hoje produz um som mais voltado para o eletropop. Com vocês o DreamPop do Faunts.

9 de setembro de 2010

Fino Coletivo

Uma volta pelas terras brasileiras, porque uma música brasileira de qualidade é insubistituível!Se você buscar por "Fino Coletivo" na internet vais se deparar com a seguinte frase: "Uma união inusitada entre Alagoas e Rio de Janeiro é a trama de sete músicos". Pode ser que só com essa frase você perceba a riqueza musical dessa galera, ou não. De todos modos conto um pouco mais da histórias desses cinco rapazes tupiniquins (agora sete). De acordo com o site Trama Virtual:

A história da banda começou em meados de 2005, após encontro dos alagoanos Wado e Alvinho Cabral, do projeto "Wado e Realismo Fantástico", com o compositor carioca Marcelo Frota, o Momo.

Passada uma fase de troca de experiências entre a dupla nordestina e o músico carioca, surgiu então a idéia do trio juntar suas turmas. Wado e Cabral apresentaram ao grupo Adriano Siri, da banda Santo Samba. Marcelo levou o também carioca Alvinho Lancellotti, compositor e parceiro de longa data.

Estava formado o quinteto, num caso de afinidade à primeira vista. As composições surgiram com naturalidade, até o despertar de uma nova empreitada.
Com um repertório inédito e inovador nas mãos, era preciso convocar mais dois amigos: o baixista Daniel Medeiros, também responsável pelas programações, e o baterista Marcus Coruja. 

Confira o clipe da música Tarja Preta do primeiro disco Fino Coletivo!



Com vocês o segundo albúm desses finos: Copacabana

 Fino Coletivo  - Copacabana

8 de setembro de 2010

+ Tegan and Sara

Seguimos com as gêmeas Tegan and Sara. Agora com seu segundo disco This Business of Art. Lançado pela Vapor Records. Confira a apresentação delas no David Letterman show. Dá uma olhada na evolução do visual!!





Tegan and Sara - This Business Of Art


Com um salto discografico vamos ao sexto albúm de estudio de Tegan and Sara. Segundo o site da Vapor Records:

Tegan and Sara's sixth studio album - Sainthood - addresses secular themes of devotion, delusion, and exemplary behavior in the pursuit of love and relationships. Inspired by emotional longing and the quiet actions we hope may be noticed by the objects of our affection, Sainthood is about obsession with romantic ideals.
In the service of relationships we practice being perfect. We practice our sainthood in the hope that we will be rewarded with adoration. As we are driven to become anything for someone else, we sometimes become martyrs for our cause.
Love, like faith, can never be held in an individual's hands. But the story of a great love affair - especially one that is unrequited or has ended too soon - can be woven like scripture or a bedtime story. And so the themes of Sainthood are tied together by this simple title, borrowed, with great respect, from the lyrics of the Leonard Cohen song "Came So Far For Beauty:" 
  
I practiced all my sainthood
I gave to one and all
But the rumours of my virtue
They moved her not at all
 

Tegan and Sara - Sainthood